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Boletim de economia popular: A instabilidade constante baseada em economia de ilusões.

Boletim de economia popular: A instabilidade constante baseada em economia de ilusões.
Os capitais foram embora Depois da entrada R$ 68,4 bilhões de capital estrangeiro na bolsa de valores brasileira nos três primeiros meses do ano, em abril, estes capitalistas retiraram seu dinheiro. O balanço? Saldo negativo de R$ 10,2 bilhões! E a mídia e o governo sempre na mesma narrativa. Primeira a euforia. Logo, depois do 1 de abril, ironicamente as pessoas caíram na real e a bolsa despencou desde então. E os meios ficam se perguntando! Por quê? Se apostamos tanto, se falamos com os melhores economistas que diziam que agora o Brasil ganharia, que daria certo todas as reformas e os investimentos privados choveriam novamente. Como tratei em outros boletins, essa instabilidade é padrão na economia de ilusões. A novidade que vai gerar lucros infinitos com base em algo misterioso. É a lógica da especulação, do capital fictício, porém esse capital fictício é originário de um trabalho passado, que valoriza ficticiamente. Compram ativos brasileiros que não dão lucro como o esperado, depois retiram esse dinheiro que tem de ter uma correspondência com a realidade e quem paga? Os pobres pagam para o alto da pirâmide.
E a realidade do Brasil é? Luz vai aumentar e vamos pagar ao menos 12% em média na tarifa. O diesel continua aumentando. Vocês percebem que são preços em geral controlados pelo governo? O Estado pressionado pela retirada dos investimentos, seguindo a cartilha neoliberal-financeira para tentar atrair novamente os gafanhotos apostadores, estrangulam a economia. Ainda falam em privatizar a Petrobrás! Isso significa pegar todo nosso patrimônio e jogar para os gafanhotos comerem. E o que restará desse governo submisso ao capital fictício?
Pobres e desempregados! A taxa de desemprego nacional foi 11,1% no primeiro trimestre de 2022. Cerca de 11 milhões de pessoas! E claro, a taxa de desemprego é derivada dessa política econômica. A classe trabalhadora paga mais e não tem da onde tirar dinheiro, pois não tem emprego e as que tem, tem medo de perdê-lo. As médias empresas demitem, pois os lucros estão sendo transferidos para alguns setores, para àqueles que captam mais recursos do capital no mercado da bolsa e/ou para os juros pagos pelo empréstimo.
o que fazer? Os petroleiros colocaram em evidência a necessidade de lutar contra essa política, ao falar que vão deflagrar a maior greve da história, se o governo insistir na privatização da Petrobrás. Isto é, os petroleiros colocam em evidência a necessidade, por meio da luta, romper com o consenso neoliberal-financeiro que aposta em ser serviçal ao capital estrangeiro. Assim, na luta e nas urnas, temos de retomar um programa que coloque a lógica da soberania e de um Estado que intervém a favor das classes populares, isto é, regula o mercado de capitais, taxa os ricos, tem políticas de distribuição de renda a favor dos pobres, dos investimentos públicos em ciência e tecnologia e nas universidades. Os liberais vão gritar que é uma intervenção e uma ditadura. Mas você não acha que é uma intervenção o aumento indefinido dos preços? É uma intervenção do Estado a favor do capital vendedor de ilusões.
Boletim de economia popular: A instabilidade constante baseada em economia de ilusões.
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