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AUDIÊNCIA PÚBLICA MOSTRA QUE SERVIÇOS DOS ÓRGÃOS SUPLEMENTARES DA UEL PODEM SER FECHADOS POR FALTA DE SERVIDORES
A audiência pública foi realizada nesta quarta -feira, 23, na Câmara Municipal de Londrina , para debater a crise enfrentada pela UEL com a implantação da Lei Geral das Universidades (LGU). O evento contou com o depoimento de diretores de vários órgãos suplementares que temem pelo fechamento dos serviços, caso o Governo do Estado não faça a reposição urgente de servidores.
De acordo com o presidente da Assuel, Marcelo Seabra, o déficit de técnicos administrativos na universidade é de 900 trabalhadores. Ele lembra de setores como a Clínica Odontológica Universitária (COU) que contava com mais de 100 servidores e hoje tem apenas 42. " Trata-se de um serviço essencial para as pessoas mais pobres e que está em risco. O pronto socorro noturno já não atende mais, por isso decidimos fazer a audiência para mostrar o que está acontecendo com a UEL para população", destacou Seabra.
Outro setor que está com o atendimento prejudicado é o Colégio de Aplicação que atende 1.400 alunos. Segundo a diretora , Tânia da Costa Fernandes, a equipe está trabalhando no limite. “ Na educação infantil , a UEL oferece um funcionário para a limpeza, outro para cozinha e apenas seis professores. Temos o convênio com a prefeitura e com a Secretária Estadual de Educação que assumiu a contratação dos funcionários, mas a mantenedora do colégio é a UEL”, disse a diretora.
No caso do Hospital Veterinário, a diretora Regina Mitsuka Breganó, explica que o setor não tem pessoal para fazer o atendimento na secretaria. " Nós tivemos de deslocar servidores de outros setores para atuar na secretaria, inclusive eu tenho feito este trabalho e a única anestesista da unidade também tem deixado seu trabalho para ajudar na recepção. Nunca enfrentamos uma crise como essa que estamos vivendo”, lamentou. O HV atende por ano cerca de 17 mil animais e conta com 32 servidores para fazer o atendimento. Segundo a diretora, o déficit é de 19 trabalhadores no setor.
A situação dos docentes da UEL também é crítica. Conforme o presidente do Sindiprol - Aduel, Ronaldo Gaspar, os serviços de pesquisa, ensino e extensão também estão em risco. " A LGU prevê cortes no Tempo Integral e Dedicação Exclusiva (TIDE) e propõe cortes na contratação de professores, sendo que, a necessidade é de contratação urgente de mais docentes, senão os programas de pós graduação, por exemplo, poderão ser paralisados", informou
O reitor da UEL, Sérgio Carvalho informou que está negociando com o Estado para a reposição dos servidores. Já os sindicatos, devem entrar com medidas jurídicas para reverter a LGU.
A audiência pública foi organizada pela Assuel e Sindiprol - Aduel. O superintendente de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, foi convidado para participar do evento mas não compareceu e nem justificou sua ausência.
